"Igualdade, justiça e liberdade são mais que palavras;
são perspectivas!"
Em uma Inglaterra do futuro, onde está em vigor um regime totalitário, vive Evey Hammond. Ela é salva de uma situação de vida ou morte por um homem mascarado, conhecido apenas pelo codinome V, que é extremamente carismático e habilidoso na arte do combate e da destruição. Ao convocar seus compatriotas a se rebelar contra a tirania e a opressão do governo inglês, V provoca uma verdadeira revolução. Enquanto Evey tenta saber mais sobre o passado de V, ela termina por descobrir quem é e seu papel no plano de seu salvador para trazer liberdade e justiça ao país.
Gênero literário típico dos estados do nordeste brasileiro que se caracteriza por ser
uma expressão artística popular com estrutura narrativa em versos, compostos a
partir de formas poéticas fixas, para serem declamados geralmente em feiras e
outros eventos populares.
Impresso em folhetos baratos,
normalmente de papel jornal, que são ilustrados por xilogravuras e expostos em
cordas, daí o nome "literatura de cordel". Influenciada pelas
tradições medievais europeias e pelas culturas africanas, indígenas e
pelo folclore brasileiro.
A temática voltada para acontecimentos do cotidiano, contando historias de amor, luta,
crenças populares, mistério, enfim é uma reflexão sobre a sociedade. É a
maneira de expressar a originalidade de um povo, de uma terra, dos costumes e
da luta diária em busca da felicidade e do fim da fome e da miséria em que
vivem
.
Roteiro: Ítalo Cajueiro
Edição: Ítalo Cajueiro, Elvis K. Figueiredo, Krishnamurti Costa, Fernando
Augusto
A
literatura é capaz de provocar reflexões e emoções no leitor. Ela desempenha
quatro funções:
1)
A função hedonística: proporciona prazer por meio da contemplação do belo. Para
os gregos o belo, na arte, consistia na proximidade da obra de arte com a
verdade ou a natureza.
2)
A função catártica: busca provocar efeitos morais conflitantes.
3)A
função comunicativa: busca uma comunicação entres os interlocutores de épocas
diferentes. Por exemplo, o leitor de um texto literário ou contemplador de uma
obra de arte, não só recebe a comunicação, mas também recria e atualiza a obra,
de acordo com os aspectos artísticos e culturais do seu tempo
4)
A função humanizadora: desenvolve um projeto transformador da sociedade.
Observe
um pequeno texto (trecho de um sermão de um pastor luterano, alemão, da época do nazismo, Martin Niemoller, ao que parece de 1933) logo após um vídeo do poema “No caminho com
Mayakovsky” (de Eduardo Alves da Costa) e um pequeno poema de Brecht, em seguida indique quais as funções eles provocam em você!
“Um dia vieram e levaram meu
vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte
vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista,
não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como
não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não
havia mais ninguém para reclamar.”
"Nós vos
pedimos com insistência:
Nunca digam - Isso é natural
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que corre o sangue
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza
Não digam nunca: Isso é natural
A fim de que nada passe por imutável."
“A literatura
é o meio que o homem encontrou para comunicar-se consigo mesmo. Ao escrever,
temos a oportunidade de refletirmos certos acontecimentos de forma não possível
oralmente. Segundo Sartre, filósofo francês, "O homem que escreve tem a
consciência de revelar as coisas, os acontecimentos; de constituir o meio
através do qual os fatos se manifestam e adquirem significado. Mesmo sabendo
que, como escritor, pode detectar a realidade, não pode produzi-la; sem a sua
presença, a realidade continuará existindo. Ao escrever, o escritor transfere
para a obra uma certa realidade, tornando-se essencial a ela, que não existiria
sem seu ato criador. Ao escrever, o escritor, segundo Sartre, deve solicitar um
pacto com o leitor, que ele colabore em transformar o mundo, a sua realidade. O
legal é considerar que escrevendo o autor tenta fazer um "pacto" com
o leitor, angariando um parceiro para transformar o mundo.”
Damiana Rosa
Oliveira
A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito. As obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos; e, a partir dos exemplos, ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.
O texto literário apresenta:
-Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade. - Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão. - Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados. - Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.
As obras literárias são divididas em escolas
literárias (observe o quadro acima), pois cada obra apresenta um estilo de época, ou seja, um
conjunto de características formais e de seleção de conteúdo evidente na obra
de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.
Assista ao vídeo a seguir
e observe a opinião de atores, professores, diretor de teatro e pessoas em
geral sobre esta questão: o que é literatura?
Agora
observe a definição de literatura do jornalista e crítico literário Manoel da
Costa Pinto que cita o escritor mexicano Carlos Fuentes. De acordo com Fuentes,
“literatura é conhecimento pela
imaginação”. Comente a opinião do romancista mexicano.
Umrelatórioé um texto que descreve ou narra um
conjunto de informações. É utilizado para reportar resultados parciais ou
totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa ou
outro evento, esteja finalizado ou ainda em andamento. Normalmente utiliza-se formatação padronizada, o que, no
entanto pode ser flexibilizado caso o âmbito do mesmo seja interno ao setor
executante ou grupo a que este último pertence.
Características linguísticas
üUtilização da linguagem padrão formal;
üUso de verbos que chamam a atenção para determinados aspectos
(constatar, observar, confirmar. Lembrar, sublinhar;
üEmprego da 1ª ou 3ª pessoa e do sujeito impessoal (deve-se,
observa-se, conclue-se);
üConstruções de parágrafos breves;
üDeve apresenta clareza, exatidão, concisão, pertinência,
objetividade, estilo direto e simples;
üTodo e qualquer relatório deve ser
pormenorizado destacando todos os aspectos importantes, para uma mais fácil
absorção da ideia geral do relatório.
Estrutura do
relatório
üPagina de rosto – título,
destinatário, data, local, relator;
üIntrodução –
apresentação dos objetivos do relatório;
üCorpo –
desenvolvimento do assunto;
üConclusão – exposição
das conclusões, balanços, apresentação de propostas e eventuais recomendações;
Tipos de relatório
üCrítico – descreve e opina
sobre a maneira como uma atividade foi desenvolvida, a fim de dar a conhecer.
üSíntese – menos elaborado,
referente a anteriores relatórios.
üFormação – mais ou menos
pormenorizado, apresentando atividades desenvolvidas durante um curso e/ou
estágio.
A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano,
para efetivar a comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com vogais e
consoantes, a Fonética se ocupa dos fonemas (= sons); são eles
as vogais, as consoantes e as semivogais.
TONICIDADE
Nas palavras
com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pronuncia com mais
força do que as outras: é a sílaba tônica. Por exemplo, em lá-gri-ma, a sílaba
tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá.
ENCONTROS
VOCÁLICOS
À seqüência
de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de encontro vocálico. Por
exemplo, cooperativa.
TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS:
DITONGO
É a reunião
de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma semivogal junto a uma
vogal em uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do.
OS DITONGOS
CLASSIFICAM-SE EM:
CRESCENTES =
a semivogal antecede a vogal. EX: quadro.
DECRESCENTES = a vogal antecede a semivogal. EX: rei
TRITONGO
É o
encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas semivogais. Ex:
sa-guão; U-ru-guai.
Pelos
exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais ou orais.
HIATO
É o encontro
de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes emissões de
voz. Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to.
1808 - chegada ao Brasil de D. João VI e da família Real;
1808/1821 - abertura dos portos às nações amigas; instalações de bibliotecas e escolas de nível superior; início da atividade editorial;
1822 - Proclamação da Independência. Daí nasce o desejo de uma literatura autenticamente brasileira
1824 – Conflitos que levaram à luta armada; inúmeras revoltas;
1831 - abdicação de D. Pedro I e início do Período de Regência, que vai até 1840 (maioridade de D. Pedro II); fundação da Companhia Dramática Nacional; início da Guerra do Paraguai até 1840.
Primeira geração na poesia - Indianista ou Nacionalista
üInfluência direta da Independência do Brasil (1825)
üNacionalismo, ufanismo (é a atitude ou posição tomada por determinados grupos que enaltecem o potencial brasileiro)
Gonçalves Dias foi um dos poucos poetas que soube dar um toque realmente brasileiro na suapoesia romântica, mesmo escrevendo sobre todos os temas mais caros ao Romantismo europeu, como o amor impossível, a religião, a tristeza e a melancolia. Suas paixões são reveladas muitas vezes num tom ingênuo e melancólico, mas muito menos tempestuosas e depressivas que as dos poetas da segunda geração romântica. A morte e a fuga do real não lhe são tão atraentes, principalmente quando esse real inclui as belezas naturais de sua terra tão amada. Suas musas parecem se fundir às belas imagens e fragrâncias da natureza, lembrando várias vezes a própria pátria, que é cantada com toda a sua exuberância e saudade, revigorada pelo seu sentimento nacionalista. A saudade, aliás, é a grande mola propulsora que leva o poeta a escrever em Coimbra o poema que é considerado por muitos a mais bela obra-prima de nossa literatura:A Canção do Exílio.Mais do que uma vigorosa exaltação nacionalista, alguns dos versos que Gonçalves Dias dedicou aos índios servem e muito para denunciar os três séculos de destruição que os colonizadores impuseram às suas culturas.
Primeiros Cantos (1846); Segundos Cantos (1848); Sextilhas de Frei Antão (1848); Últimos Cantos (1851); Os Timbiras -obra inacabada(1857); Cantos (1857).
Canção do Exílio
Gonçalves Dias
Minha terra
tem palmeiras,
Onde canta o
Sabiá;
As aves, que
aqui gorjeiam,
Não gorjeiam
como lá.
Nosso Céu
tem mais estrelas,
Nossas
várzeas têm mais flores,
Nossos
bosques têm mais vida,
Nossas vidas
mais amores.
Em cismar,
sozinho, à noite,
Mais prazer
encontro eu lá;
Minha terra
tem palmeiras,
Onde canta o
Sabiá.
Minha terra
tem primores,
Que tais não
encontro eu cá;
Em cismar –
sozinho, à noite –
Mais prazer
encontro eu lá;
Minha terra
tem palmeiras,
Onde canta o
Sabiá.
Não permita
Deus que eu morra
Sem que eu
volte para lá;
Sem que
desfrute os primores
Que não
encontro por cá;
Sem qu’inda
aviste as palmeiras,
Onde canta o
Sabiá.
I-JUCA PIRAMA
Temática:O índio adequado a um
forte sentimento de honra, simboliza a própria força natural do ameríndio, sua
alta cultura acerca de seu povo representado no modo como este acata o rígido
código de ética de seu povo.
Estrutura dos cantos: O poema
nos é apresentado em dez cantos, organizados em forma de composição épico –
dramática. Todos sempre pautam pela apresentação de um índio cujo caráter e
heroísmo são salientados a cada instante.
Canto 1 - Apresentação
e descrição da tribo dos Timbiras. Como está descrevendo o ambiente,
Canto 2 - Narra
a festa canibalística dos timbiras e a aflição do guerreiro tupi que será
sacrificado.
Canto 3 -Apresentação
do guerreiro tupi – I – Juca Pirama.
Canto 4 - I -
Juca Pirama aprisionado pelos Timbiras declama o seu canto de morte e pede ao
Timbiras que deixem-no ir para cuidar do pai alquebrado e cego.
Canto 5 - Ao
escutarem o canto de morte do guerreiro tupi, os timbiras entendem ser aquilo
um ato de covardia e desse modo desqualificam-no parapara o sacrifício.
Canto 6 - O
filho volta ao pai que ao pressentir o cheiro de tinta dos timbiras que é
específica para o sacrifício desconfia do filho e ambos partem novamente para a
tribo dos timbiras para sanarem ato tão vergonhoso para o povo tupi.o
sacrifício. Dando a impressão do conflito que se estabelece e refletindo o
diálogo nervoso, entre o chefe Timbira e o índio Tupi.
Canto 7 - Sob
alegação de que os tupis são fracos, o chefe dos timbiras não permite a consumação
do ritual.
Canto 8 - O
pai envergonhado maldiz o suposto filho covarde.
Canto 9 - Enraivecido
o guerreiro tupi lança o seu grito de guerra e derrota a todos valentemente em
nome de sua honra.
Assista ao curta-metragem "I-Juca Pirama" de Elvis Kleber e Ítalo Cajueiro.
Gonçalves de Magalhães
Sua importância está no fato de ter sido o introdutor do Romantismo no Brasil, não obstante suas obras serem consideradas fracas pela crítica literária. Embora fosse voltado para a poesia religiosa, como fica claro em Suspiros poéticos e saudades (livro que marcou o início do romantismo no Brasil), também cultivou a poesia indianista de caráter nacionalista, como no poema épico A Confederação dos Tamoios (esta obra lhe valeu agitada polêmica com José de Alencar, relativa à visão de cada autor sobre o índio), ambas bastante fantasiosas